segunda-feira, 23 de abril de 2012

SIlvestre, a primeira

UMA BELÍSSIMA FLOR SILVESTRE NA “JAGONÇA”

Não faço, habitualmente, as minhas caminhadas diárias, nem desarmado nem desprevenido. Levo sempre uma ou duas [já verão porquê] máquinas fotográficas e uma bengala [ou pau, se quiserem] ou guarda-chuva [a seu tempo se verá também porquê].
Hoje, porém, aconteceu. Levava o guarda-chuva [a manhã continuava enfarruscada], mas apenas uma máquina fotográfica. [Nem sempre se tem mãos para as encomendas.] E não é que, quando menos esperava, vi e logo parei, olhei e mais de perto observei, com a devida [de vida, também] atenção, para encontrar uma belíssima [-íssima,-íssima, -íssima, como diria o Pessoa(s), para reforçar o superlativo] flor silvestre. Onde? Na berma do caminho [a que ora chamam «rua» - vejam só! – e – ainda por cima! - «da Jagonça»*] que fronteira [do verbo fronteirar] Mato, a oeste, com Freixo.

Pois não é que, ao querer registar o surpreendente achado poças! [podem ler a interjeição na sua forma canónica] estava sem pilhas. E – poças! [idem] – não tinha levado a outra câmara. Porém, como, para tudo, nesta vida, há remédio, arranquei a flor e trouxe-a para casa. É uma das vantagens de os caminhos públicos e suas bermas ainda não terem sido privatizados! Aqui, isto é, em casa, fiz as três fotografias, entre outras, que neste post posto [presente do indicativo, primeira pessoa, do verbo postar].
A primeira, é a flor propriamente dita, isto é, a corola, com o seu androceu e o seu gineceu. {Gosto desta aliteração sibilante e rimada em [–sew], foneticamente escrevendo, claro.}


Des-lum-bran-te!!! Pela(s) cor(es) e pela(s) forma(s). Pelo tamanho, também. O círculo exterior da corola tem, de diâmetro (de ponta a ponta das pétalas), cerca de 5 cm e o interior à volta de 1 cm. O pedúnculo  ou haste não ultrapassa os 50 cm. Depois, não tem cheiro. Nada. A grandeza da sua beleza, porém, nem a melhor fotografia do melhor fotógrafo pode revelar. Só mesmo ao pé, ao vivo, de cócoras, devagar, sem pressas, lentamente, sem lentes na mente. Ora voltem cá a vê-la, agora, com algumas das suas folhas e alguns dos seus botões. O afastamento, por vezes, ajuda a ver/observar melhor.


Pois é. E agora, como se chama esta maravilha? E/ou a erva de que ela brota? Terão o mesmo nome, certamente. Mas qual? As navegações informáticas não me permitiram descobrir esta "especiaria".


Ofereço, por isso, uma rodada [pode ser um garrafão, ou mais] de tintol verde carrascão ao(s) sabedor(es) que, botânico ou não, me informar da sua designação ou designações (também a científica, se possível).

NB – Como, certamente, já perceberam, com este post, começo a postar fotos [ponto] com traço [de menos] grafia.

(*) A fotografia da «Rua da Jagonça» foi tirada há já bastante tempo. Destina-se a estudo que, um dia, hei de fazer, sobre velhas e novas toponímias de Mato e freguesias vizinhas, suas damas de honor. Já agora, «jagonça» deve ser alcunha. Ou será «pedra preciosa» ou como tal considerada? Ou terá a ver com o termo brasileiro «jagunço»? O Emídio que explique, pois a dita «rua», outrora caminho e ora estrada alcatroada, faz parte dos seus “domínios” e “interesses”. Culturais, evidentemente.

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