terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Danadas daninhas 012



Há dias, mas ainda no ano passado, fui atacado por esta beleza. Dei com ela de caras, ou melhor, foi ela que me bateu nas faces. Alto lá! Isso não se faz a um homem como eu - pacífico, cordato e benevolente.


Sedutora, oferecia-se, ca(n)dente dos ramos debruçados sobre firme e bem construído muro de pedra, que suporta terreno agrícola, (ainda) cultivado, de se esparralhar sobre o caminho.


Entrevista, logo vi que ela requeria olhar demorado. Ora, aproxima a lente e, lentamente, vai observando, focando, fixando, registando. 



Uma pequena maravilha, realmente, esta pequenina e desprezada florzinha, anónima como tantas outras.


Cativo das suas diferentes belezas, ia-me esquecendo do nome próprio desta erva. Sim, sim, também ela é daninha, mas não tão ruim quanto outras danadas que por aí se oferecem. Há quem diga, até, que tem poderes medicinais. Como neste sítio e neste, além de que pertence à família das urtigas.


Cá, no Mato, é simplesmente mais uma erva brava. A que, pelos vistos, ninguém liga a mínima. Exceto, claro, cá o “fotógrafo”. Ela gosta de terrenos húmidos e mais ou menos férteis. As suas folhas, ao longo de vários ramos, não são, apesar do nome de família, urticantes. Podem apalpá-las à vontade. Elas (estas) não picam.


De facto, quando observadas de perto, as suas pequeninas e róseas flores são mesmo de nos deixar de boca aberta. Como elas, aliás, mas a gritar por atenção.

E-ternamente retornarei.  Andam por aí, ainda, tantas danadas daninhas!...

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