A daninha
de hoje, com a sua evidente danada beleza, parece parente de uma
outra de que AQUI já dei conta. Pelo menos, dão-lhe, vulgarmente, o
mesmo nome – morrião -
distinguindo-as, apenas, pela cor das respetivas pétalas.
Ora vejamos.
Caules,
folhagem, composição, habitat e cor
das ervas em que brotam são muito semelhantes. A grande diferença encontra-se na
cor e no número das pétalas de cada uma das respetivas corolas. Mas até no diâmetro
são idênticas: dificilmente ultrapassa, em ambas, os cinco milímetros. Repito:
5 mm. As imagens foram largamente ampliadas.
Além
de morrião, também lhe dão,
popularmente, outros
nomes, à flor cor de camarão. Mas os botânicos dizem, lá nas suas
fito-taxonomias, que é uma anagallis arvensis, que incluem na família das primuláceas. E morrião (-branco) é também o nome que, em certas terras, se dá à ervinha de
hoje, a das flores brancas. Noutras, dizem que é morugem e/ou ainda
outros nomes. Os botânicos classificam-na como stellaria media, na família
das cariofiláceas.
Cá no Mato, porém, não passam de humildes e sempre anónimas
florinhas, com que umas sempre pobres e indefesas ervinhas, tímida, discreta e
delicadamente se enfeitam, para cativar os sempre distraídos e apressados caminhares
e olhares.
Estas
danadas,
apesar de daninhas, cujos, porém, danos ainda não encontrei, encontram-se
no rol das minhas pequenas. Mas há mais, muitas mais. Tantas, ó quantas!…
A
branca começou a brotar há dias, apesar desta contínua e impertinente chuva de inverno.
A camarão deve aparecer lá mais para diante, na primavera.
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