“Cilada”
bem pode ser o subtítulo deste post.
Porquê? No fim da amostra, encontrarão a resposta. Não vale, por isso, saltar
muros nem atalhar caminhos. Proponho-lhes, antes, que observem estes pares, comparem
as respetivas flores/plantas e identifiquem semelhanças ou diferenças.
Onde
está, então, a razão da “cilada”? Ei-la: a estas ervas/flores dão, popularMente
(não no Mato e arredores, onde são apenas florinhas do monte) o nome de «cilas» e, cientificaMente, «scillas».
Estas danadas
são, de facto, muito semelhantes. Mas, especificando, exemplares como os da sua
esquerda são chamados «cila-alpina» /«scilla bifolia». Os da direita, «cila-de-uma-folha» /«scilla monophyllos». Mas há quem lhes
chame também (não no Mato e arredores) «jacintos-do-monte
ou do-campo» / «hyacinthoides
hispanica».
São, como disse, silvestres. Mas há quem as tenha já
mais ou menos domesticadas, metidas em jardins, vasos e pias. Como outras, da mesma
família. Entre elas, uma cila ou jacinto, luxuriantemente maior, sedutora e
bela, como brevemente também aqui postarei. E haverão, logicaMente, de reconhecer.
As
pequenas de hoje encontrei-as, andando por maus caminhos, em matas ou bouças, enfeitando
clareiras sobretudo de carvalhais e/ou pinheirais. Preferem espaços e terrenos
onde outras ervas, mais daninhas que elas, mas muito menos
ou nada danadas em beleza, não lhes tolham o nascer nem abafem o
crescer e florir. Em março, o bolbo germina e a planta emerge à flor da terra.
Até maio, dá, por ano, uma só inflorescência em cacho, no cimo da única pequena
haste (altura máxima à volta de 25 cm), com número variável de corolas de seis
pétalas azuis. (As cores que nas imagens se veem são devidas, por um lado, à
luminosidade do sítio onde foram captadas e, por outro, à imperícia do
fotógrafo, duplaMente amador, como já deveis saber, destas daninhas e de objetivas.)
Retornarei com mais danadas azuis, daninhas e/ou domesticadas. Que elas são tantas, tão ternamente sedutoras e
cativantes.
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