Bem, as/os estimadas/os amigas/os têm razão. Dirão aos botões do teclado: “Isto não é fotografia que se mostre. A não ser – pensarão os mais benevolentes – que nela haja coisa que, a uma primeira vista, não/mal se vê. Pois é: aqui há coisa, evidenteMente. Ora façam o favor de aproximar a objetiva, perdão, o olhar:
A dita coisa
já se vê melhor, no canto inferior direito da imagem. Sim, sim, essa mesma, essa flor azul, que ali espreita por entre as folhas
verdes. Mas se aproximarem mais um nadinha o olhar, vê-la-ão um pouco melhor:
Conhecem-na?
Duvido. Encontrei esta danada, há dias. Deitado sobre as
ervas, fazendo mira a um bico de pomba
(mais uma danada daninha a mostrar
também neste blogue), surge-me, inesperadaMente, um minúsculo ponto azul, pouco
maior que uma gota de orvalho, brilhando em frágeis e humildes caules de outras
ervas.
Mudei,
imediataMente, de alvo: fixei nelas a atenção, a objetiva, a respiração. Será
preciso dizer que fiquei de boca aberta?...
São pequeníssimas
estas danadas flores campestres. O diâmetro não excede os 5 mm
(repito: cinco milímetros), que um olhar desarmado e sobretudo distraído dificilmente
(a)notará.
Feitos os devidos registos,
tornava-se necessário saber quem ela era.
Observada a estrutura
da corola e das folhas da erva, verifica-se que se assemelha a outras, que já mostrei
AQUI
e AQUI:
morriões.
Esta danada,
mais campestre que daninha,
encontra-se sobretudo em terrenos cultivados. Mas só enquanto as lâminas dos
arados e/ou das enxadas não dão cabo delas. A planta começa a florir, no início
da primavera. As suas flores, abertas, poucos dias se mantêm nesse estado, segundo
observei.
Neste e-sítio, diz-se que, cientificaMente, a designam por «anagallis arvensis». Como de
costume, no Mato, os meus conterrâneos desconhecem-lhe o nome. Eles têm lá
tempo e paciência, nos tempos que correm, para prestar atenções a tais
miudezas. Se nem no tempo das lavradas de arado, puxado por junta de bois ou
vacas, tinham, vão tê-lo agora, não?...
Mas que também
o raio desta danada campestre, azul e brilhante, cativa e seduz, está visto.
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