Reconhecem-na?
Não? Mas de certeza que já a viram. A não ser que andem a dormir na (re)forma. Pois
olhem que ela, nesta altura do ano, encontra-se por aí em abundância.
Daninha, esta erva aparece-nos em tudo o que é terreno mais
ou menos cultivado, mais ou menos húmido, mais ou menos fértil. E depois, as suas
flores, as danadas, dão fortemente nas vistas, sobretudo quando em
mouteira, pela desmedida quantidade e intenso colorido.
Quando
começam a florir, aparecem-nos um pouco avermelhadas. Depois, vão-se arroxeando,
até ficarem azuis. Todavia, como a floração não é simultânea (ainda bem), as
plantas apresentam um aspeto multicor.
Não é
de estranhar, por isso, que os insetos sejam atraídos por elas, apesar das
pilosidades das folhas e corolas. Lembro-me de, em criança, arrancar as corolas
destas danadas e chupar-lhes o líquido que se encontrava no fundo do cálice. Delicioso!
Pensava eu, na minha inocente ingenuidade e ignorância, que era nelas que as abelhas
faziam os ninhos de mel. Há outros (e)ternos retornos infantis que estas
ervas e flores me trazem à cabeça, mas que, por cortesia, não posso lembrar
aqui.
Estas
ervas, em geral, ramificam-se em diversos caules, logo que saem da terra, com
alturas que rondam os 50 cm. Mas podem também crescer em caules individuais
ramificados, podendo atingir mais de 100 cm. Dependerá da riqueza do solo e da
sua maior ou menor exposição ao sol. Acho eu, porque destas questões botânicas,
os entendidos é que sabem. Chamam-lhe echium plantagineum.
No Mato e arredores, conhecemo-las
apenas por soagens. Mas, noutras terras, recebem outros nomes. Como AQUI
se pode ler, sendo este um bom sítio a visitar, se se quiser saber mais sobre
estas danadas daninhas e algumas das suas familiares.
NB – Este post é
dedicado ao arq.º Oliveira Martins, em cuja quinta fiz, na sua companhia, as
fotografias. Obrigado, Amigo.
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