sexta-feira, 10 de maio de 2013

Danadas daninhas 029



É esta, Amigas/os, a tal cila domesticada, luxuriantemente sedutora e bela, que, no post anterior, prometi mostrar-lhes. Creio que, cá pelas minhas bandas, rurais urbanizadas ou urbanas ruralizadas, é conhecida  – a sê-lo – por jacinto. E já sinto por aí alguém dizer que ela nunca foi silvestre e muito menos daninha. Mas que ela é, objetivaMente, uma danada formosa, lá isso… basta ter olho na câmara. Ora, continuem a deleitar-se, admirando, em primeiro lugar, o cacho da inflorescência e, depois, em porMenor, uma ou duas das suas inúmeras corolas azuis.


Tal como as irmãs silvestres, mostradas no post anterior, também esta cila / jacinto nasce de bolbo. Entrado março, o respetivo grelo explode à flor da terra, num tufo de folhas verdes. No centro delas nasce, cresce e ergue-se uma única haste, em cujo topo se vai formando uma pinha de botões, que, dia-a-dia, se vão abrindo em numerosas flores, acabando por formar todo um hemisfério azul. E assim se nos oferece, em todo o seu esplendor, para nosso efémero deslumbramento que, todavia, daqui a um ano, retornará, e-ternaMente.


Os exemplares desta espécie, hoje cultivada com fins ornamentais, apresentam-se, face aos silvestres, bem mais anafadinhos, em todos os seus constituintes. A sua altura, porém, não ultrapassa os 30/40 cm, segundo as medidas que lhes tirei.
CientificaMente, é chamada «scilla peruviana». PopularMente, segundo se lê em alguns e-sítios (AQUI, v.g.), há quem lhe chame, além de jacinto e/ou cila e/ou albarrã, outros nomes vulgares. Entre eles, «jacinto portugués», em Espanha, e «portuguese squill», em Inglaterra. CuriosaMente, gostava de saber porquê. Alguém sabe?

Fico à espera, com mais uma danada daninha debaixo d’olho. E azul. Então, até à próxima!

1 comentário:

  1. E a promessa de Apolo se cumpriu, lá nasce o jacinto todas as primaveras, relembrando o amor e saudade.

    ResponderEliminar