1. Aqui estão os reis à
porta,
Dispostos para os cantar,
Se o senhor nos der licença,
Nós lh’os imos começar.
Refrão
Aqui
estamos nós, todos reunidos,
A cantar
os reis aos nossos amigos.
Não é por
interesse, é por amizade,
A cantar os reis à sociedade.
[Repetem-se
os 2 últimos versos.]
2. Reis
que d’Oriente vindes,
Que vindes a procurar?
Procuramos rei Herodes,
P’ra bem nos encaminhar.
Refrão
3. Herodes
como um malvado,
Como um travesso maligno,
Às avessas ensinara
Aos santos reis o caminho.
Refrão
4. Mas eles, como eram santos,
Seguiram o seu destino,
Guiados por uma estrela,
Até chegar ao Menino.
Refrão
5. O
Menino está no berço,
Coberto c’um cobertor.
Os anjinhos vão cantando:
Louvado seja o Senhor.
Refrão
6. A
estrela se baixou,
Por cima duma cabana.
[Os três reis nela encontraram
Toda a família sagrada.[1]]
Refrão
7. A
cabana era pequena,
Não cabiam todos os três.
Adoraram o Menino,
Cada um por sua vez.
Refrão
8. Todos três lhe ofereceram
Ouro, mirra e incenso.
Nada mais lhe ofereceram
Porque Ele era o Deus imenso
Refrão
9. Nós vimos cantar os reis,
Não é só pelo dinheiro,
É pelas maçães da caixa
E chouriços do fumeiro.
Refrão
10. A rolinha vai rolando,
Por cima duma cebola.
Viva lá, senhor [nome],
A mais a sua senhora.
Refrão
11. Viva lá, menino/a [nome],
Çafatinho de maçães,
Debaixo da sua cama,
Lá lhe vão cagar os cães.
Refrão
12. Viva lá, *senhor [*menino/a
+ nome],
Raminho de bem-querer,
Pegue na chave da loja,
Venha-nos dar de beber.
Refrão
[… …
… … … … …]
13. Estes reis não se cantam
Nem a rei, nem a fidalgo,
Mas nós vimo-los cantar,
Por ser ano, melhor ano.
Refrão
14. Vamos dar as despedidas,
Na folhinha do café.
Para o ano, cá voltamos,
Doze meses pouco é.
Refrão
[1] Os versos em
itálico não foram colhidos junto dos informantes. São uma proposta do autor
da recolha. A versão colhida não obedecia a rima nem apresentava sequência
coerente.
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1. S’ores da casa, gente nobre,
Escutareis e ouvireis,
Ouvireis novos cantores* (*pastores)
Que vos vêm cantar os reis.
Refrão
Aqui estamos nós, todos reunidos,
A cantar os reis aos nossos
amigos.
Não é por interesse, é por
amizade,
A cantar os reis à sociedade.
[Repetem-se
os 2 últimos versos.]
[Nesta
versão, o pequeno grupo de rapazes não cantava a narrativa da viagem dos
Magos. Em geral, passavam, de imediato, à parte chamada dos «Vivas».]
2. A
rolinha vai rolando,
Por cima duma cebola.
Viva lá, senhor [nome],
A mais a sua senhora.
Refrão
3. Viva lá, menina/o [nome],
Raminho de pessegueiro,
As flores lhe vão caindo
Em redor do travesseiro.
Refrão
4. Viva lá, menina/o [nome],
Raminho de salsa crua,
No catre da sua cama,
Põe-se o sol e nasce a lua.
Refrão
5. Viva lá, menina/o [nome],
Raminho de palma branca,
Seu corpinho é de neve,
Sua alminha já ‘stá santa.
Refrão
6. Viva lá, menino/a [nome],
Casaquinha de veludo,
Meta a mão no seu bolsinho,
Bote pr’a cá um escudo.
Refrão
[…
… … … … …]
7. Vamos dar as despedidas,
Na folhinha do café.
Para o ano, cá voltamos,
Doze meses pouco é.
Refrão
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