quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Danadas daninhas 010









A danada daninha de hoje é flor de erva que se encontra, cá no Mato, em terrenos cultivados e incultos, nas bermas de caminhos e estradas, até nas juntas das pedras dos muros de propriedades. E abundantemente, ora sozinha ora acompanhada por irmãs ou por outras ervas ruins (mas poucas) como ela. Nasce e, em pouco tempo, cresce que se farta, atingindo algumas mais de dois metros de altura [di-lo quem mediu], se as sementes tiverem a sorte de cair em terrenos férteis, com relativa humidade e boa exposição solar.

Os meus conterrâneos chamam-lhe apenas erva, que atacam mal desponta nos terrenos que [cada vez menos] ainda cultivam. Nesta página [com descrição geral qb], porém, diz-se que há quem lhe chame «vela de bruxa» e outros nomes, e os botânicos «verbascum thapsus».

O seu caule apresenta-se mais ou mais ramificado e mais ou menos florido. As suas flores, razão de ser destes posts , elas são como se veem [se não se anda a dormir na (re)forma]: espigas carregadinhas de corolas amarelas, de tom vivo mas suave, de cujo centro emergem os estames de ponta rosada, perdição de abelhas, vespas e borboletas que, pelo pólen, nelas imergem sofregamente.
Ao pé do olhar, também estas daninhas são, natural e objetivaMente, de uma beleza danada.

PS – Com o outono, os caules destas ervas secam e acabam por ficar negros que nem um manto de bruxa. E acabam de me dizer, aqui ao lado, que hoje é o dia ou noite delas. Nem de propósito!...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Capela de S. Roque


(Para que conste…)



A capela de S. Roque, em Viana do Castelo, está em obras de conservação. Situada muito próxima da igreja da Sr.ª d’Agonia, a cuja Confraria pertence desde 1951, foi construída em 1623 e reedificada em 1834.

Há dias, pass(e)ando junto, observei que a remoção das argamassas e tintas, que lhe cobriam as paredes exteriores, pôs a descoberto as diferentes fases da sua construção, reconstrução, restauro e ampliação.

É muito provável que tão cedo, pelo que vi, não se possa voltar a ver e a reconhecer a evolução da sua edificação. Para que conste, por isso, aqui ficam estas fotografias, como breve apontamento.







O conjunto inclui, anexa (lado norte), uma casa habitada. E no pequeno largo que lhe dá acesso, recentemente também melhorado, encontra-se este belo, simples, modesto e humilde cruzeiro:

  
 Talvez, um dia, aqui retorne, e-ternamente.

Nota - Para a história desta capela, cf. FERNANDES, F. J. C., aqui, pp. 166-168. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Brufe [03]



Pedra a pedra










BRUFE, concelho de Terras do Bouro, distrito de Braga.
Informação sobre esta pequen[íssim]a aldeia, ver aqui.
Mas, repito e insisto, nada dispensa uma demorada, atenta e cuidada visita. A imagem não substitui nunca o real e, sobretudo, o autêntico.
O acesso, ascendente e sinuoso, é constante deslumbramento.
O regresso custa: sabe bem, em certas alturas, nelas permanecer.

A ela(s) retornarei, e-ternamente.