quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Danadas daninhas 010









A danada daninha de hoje é flor de erva que se encontra, cá no Mato, em terrenos cultivados e incultos, nas bermas de caminhos e estradas, até nas juntas das pedras dos muros de propriedades. E abundantemente, ora sozinha ora acompanhada por irmãs ou por outras ervas ruins (mas poucas) como ela. Nasce e, em pouco tempo, cresce que se farta, atingindo algumas mais de dois metros de altura [di-lo quem mediu], se as sementes tiverem a sorte de cair em terrenos férteis, com relativa humidade e boa exposição solar.

Os meus conterrâneos chamam-lhe apenas erva, que atacam mal desponta nos terrenos que [cada vez menos] ainda cultivam. Nesta página [com descrição geral qb], porém, diz-se que há quem lhe chame «vela de bruxa» e outros nomes, e os botânicos «verbascum thapsus».

O seu caule apresenta-se mais ou mais ramificado e mais ou menos florido. As suas flores, razão de ser destes posts , elas são como se veem [se não se anda a dormir na (re)forma]: espigas carregadinhas de corolas amarelas, de tom vivo mas suave, de cujo centro emergem os estames de ponta rosada, perdição de abelhas, vespas e borboletas que, pelo pólen, nelas imergem sofregamente.
Ao pé do olhar, também estas daninhas são, natural e objetivaMente, de uma beleza danada.

PS – Com o outono, os caules destas ervas secam e acabam por ficar negros que nem um manto de bruxa. E acabam de me dizer, aqui ao lado, que hoje é o dia ou noite delas. Nem de propósito!...

Sem comentários:

Enviar um comentário