quarta-feira, 25 de julho de 2012

Danadas daninhas 009









 
Esta danada daninha só muito recentemente apareceu no Mato. É mais uma imigrante. Não me recordo de a ter visto por cá, em anos anteriores. Aliás, só a vi em dois sítios e em número reduzido, em cada um deles. Mas nas freguesias vizinhas de Friastelas e Freixo, apareceu-me em vários lugares, sozinha ou acompanhada. Num deles, ocupavam elas até um bom pedaço de terreno, outrora trabalhado, mas agora de velho. A propósito, foi em terrenos incultos e nas bermas de estradas e caminhos que, inesperadamente a encontrei, por estas bandas. Não a vi, ainda, em jardins. Perdão, já a tenho no meu canteiro silvestre.

As suas corolas, de um amarelo mais ou menos vivo, mas suave, abrem-se ao fim da tarde e permanecem abertas durante a noite. Chamam-lhe, por isso, a «bela da noite». Há, porém, quem lhe chame «prímula». Mas o nome que os botânicos lhe dão é «oenothera biennis». Encontrará aqui uma interessante apresentação desta planta e suas flores.

Cá no Mato e terras vizinhas, não encontrei quem a conhecesse por qualquer nome. Proponho, por isso, que lhe chamemos «prímula». Até porque, por este andar, em breve não faltarão prímulas por esta e outras aldeias, com a desertificação em curso e a agricultura ao abandono. Mas que o raio desta daninha é bem bela, lá isso é. Mesmo quando a danada é vista, e-ternamente, a preto e branco.

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