Esta danada daninha só muito recentemente apareceu no Mato. É mais uma
imigrante. Não me recordo de a ter visto por cá, em anos anteriores. Aliás, só
a vi em dois sítios e em número reduzido, em cada um deles. Mas nas freguesias
vizinhas de Friastelas e Freixo, apareceu-me em vários lugares, sozinha ou
acompanhada. Num deles, ocupavam elas até um bom pedaço de terreno, outrora
trabalhado, mas agora de velho. A propósito, foi em terrenos incultos e nas
bermas de estradas e caminhos que, inesperadamente a encontrei, por estas
bandas. Não a vi, ainda, em jardins. Perdão, já a tenho no meu canteiro
silvestre.
As suas corolas, de um amarelo mais
ou menos vivo, mas suave, abrem-se ao fim da tarde e permanecem abertas durante
a noite. Chamam-lhe, por isso, a «bela da noite». Há, porém, quem lhe chame «prímula».
Mas o nome que os botânicos lhe dão é «oenothera biennis». Encontrará aqui uma
interessante apresentação desta planta e suas flores.
Cá no Mato e terras vizinhas, não
encontrei quem a conhecesse por qualquer nome. Proponho, por isso, que lhe
chamemos «prímula». Até porque, por este andar, em breve não faltarão prímulas
por esta e outras aldeias, com a desertificação em curso e a agricultura ao abandono. Mas que o raio desta daninha é bem bela, lá isso é. Mesmo quando a danada é vista, e-ternamente,
a preto e branco.
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