sábado, 2 de fevereiro de 2013

Danadas daninhas 014


A daninha de hoje, com a sua evidente danada beleza, parece parente de uma outra de que AQUI já dei conta. Pelo menos, dão-lhe, vulgarmente, o mesmo nome – morrião - distinguindo-as, apenas, pela cor das respetivas pétalas.


Ora vejamos.

Caules, folhagem, composição, habitat e cor das ervas em que brotam são muito semelhantes. A grande diferença encontra-se na cor e no número das pétalas de cada uma das respetivas corolas. Mas até no diâmetro são idênticas: dificilmente ultrapassa, em ambas, os cinco milímetros. Repito: 5 mm. As imagens foram largamente ampliadas.


Além de morrião, também lhe dão, popularmente, outros nomes, à flor cor de camarão. Mas os botânicos dizem, lá nas suas fito-taxonomias, que é uma anagallis arvensis, que incluem na família das primuláceas. E morrião (-branco) é também o nome que, em certas terras, se dá à ervinha de hoje, a das flores brancas. Noutras, dizem que é morugem e/ou ainda outros nomes. Os botânicos classificam-na como stellaria media, na família das cariofiláceas. 
 
Cá no Mato, porém, não passam de humildes e sempre anónimas florinhas, com que umas sempre pobres e indefesas ervinhas, tímida, discreta e delicadamente se enfeitam, para cativar os sempre distraídos e apressados caminhares e olhares.



Estas danadas, apesar de daninhas, cujos, porém, danos ainda não encontrei, encontram-se no rol das minhas pequenas. Mas há mais, muitas mais. Tantas, ó quantas!…

A branca começou a brotar há dias, apesar desta contínua e impertinente chuva de inverno. A camarão deve aparecer lá mais para diante, na primavera.


Em breve, e-ternamente retornarei a outras das minhas pequenas.

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