quarta-feira, 5 de junho de 2013

Danadas daninhas 033



Ao toque de campainhas








A esta pequenina flor, mais campestre que silvestre, dá-se, popularMente, o nome de campainha. Repararam, certaMente, que a danada tem a forma de um sininho, com badalo e tudo. Por isso é que lhe chamam também, cientificaMente, «campanula». Mas, porque campainhas por aí não faltam, acrescentaram-lhe o “apelido” «lusitanica», para a distinguir das outras.

As fotografias que neste post a retratam foram colhidas no Mato. Em Viana, nos maus caminhos por onde também me tenho metido, ainda não dei com ela. É capaz de não gostar dos ares marítimos nem dos impertinentes ventos.
Lá na minha terra natal, ela oferece-se aberta em fendas de muros de pedra feitos de barro, valados mais ou menos arejados e arenosos, e em bermas de caminhos e cangostas. 
Mas também a observei – juro –  e objetivaMente a captei num campo de agricultura abandonado. Deve ter gostado do terreno. Que, de tantas e tão bastas, mais parecia um alfobre, apesar do capim das que tentavam esconde-la. Ou protegê-la!. Talvez lhe possa chamar daninha, por isso. Mas o eventual dano causado é resultado de a terem deixado à solta, ano-a-ano, na terra por cultivar.

É, contudo, planta de reprodução fácil, apesar do seu caule débil, em regra ramificado. Pode ser transplantada. Com jeito, arranca-se sem custo. Já compõe o meu canteiro silvestre, que, com outras da mesma laia e cor, enfeita e enfesta de azul. Começou a florir em abril e assim vai continuar até agosto. Em dia sol intenso, porém, a flor, que se fecha durante a noite e reabre de manhã, fica quase roxa.

Quem quiser saber mais, é só tocar as campainhas informáticas de «campanula lusitanica» (no Google, por exemplo) e verá a quantas janelas, portas e portais esta danada se (ex)põe.
 

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