Ao toque de campainhas
A esta
pequenina flor, mais campestre que silvestre, dá-se, popularMente, o nome de campainha. Repararam, certaMente, que a danada tem a forma de um
sininho, com badalo e tudo. Por isso é que lhe chamam também, cientificaMente, «campanula». Mas, porque campainhas por aí não
faltam, acrescentaram-lhe o “apelido” «lusitanica», para a distinguir das
outras.
As
fotografias que neste post a retratam
foram colhidas no Mato. Em Viana, nos maus caminhos por onde também me tenho metido,
ainda não dei com ela. É capaz de não gostar dos ares marítimos nem dos
impertinentes ventos.
Lá na minha terra
natal, ela oferece-se aberta em fendas de muros de pedra feitos de barro,
valados mais ou menos arejados e arenosos, e em bermas de caminhos e cangostas.
Mas também a
observei – juro – e objetivaMente a captei num campo de agricultura abandonado. Deve
ter gostado do terreno. Que, de tantas e tão bastas, mais parecia um alfobre,
apesar do capim das que tentavam esconde-la. Ou protegê-la!. Talvez lhe possa
chamar daninha, por isso. Mas o eventual dano causado é resultado de a
terem deixado à solta, ano-a-ano, na terra por cultivar.
É, contudo, planta
de reprodução fácil, apesar do seu caule débil, em regra ramificado. Pode ser
transplantada. Com jeito, arranca-se sem custo. Já compõe o meu canteiro
silvestre, que, com outras da mesma laia e cor, enfeita e enfesta de azul.
Começou a florir em abril e assim vai continuar até agosto. Em dia sol intenso,
porém, a flor, que se fecha durante a noite e reabre de manhã, fica quase roxa.
Quem
quiser saber mais, é só tocar as campainhas informáticas de «campanula lusitanica» (no Google, por
exemplo) e verá a quantas janelas, portas e portais esta danada se
(ex)põe.
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