Há muito que andava de olho nelas. Só ontem, porém, descobri o nome que, cientificaMente, lhes dão os botânicos: «mirabilis jalapa». E não é que se trata mesmo, como aqui se vai mostrar, uma maravilha. Apesar de «jalapa», seja lá o que isso for, cidade sul-americana ou vinho português rasca (surrapa).
Lê-se, em vários e-sítios,
que esta danada é uma das 54 espécies identificadas e que, além de
monocromáticas (amarelas, brancas, vermelhas e rosa-escuras), também as há de
flores que combinam, em formas e proporções iguais ou diferentes, as cores
anteriores.
Há, diz-se, quem as cultive como ornamentais. Mas as que mostro foram todas elas encontradas em bermas de caminhos mais ou menos rudes e silvestres. Mais: as amarelas rajadas e/ou sarapintadas de rosa-escuro encontrei-as, na urbe, em fendas ou rachas, abertas nas junções de via e suas guias laterais, uma e outras em cimento construídas. Daí que, por isso, se estas danadas não são daninhas propriamente ditas, não lhes falta muito para o ser. Ou voltar a ser. Que isto da natureza cultivada, deixada ao abandono permanente, regressa, mais dia menos dia, ao seu primitivo estado selvagem. Irrevogavelmente, como não diria o outro.
No Mato, como em Viana, não encontrei nome(s) que popularMente chamem a estas maravilhas. Aliás, fiquei com a impressão de que as pessoas F não a veem com bons olhos. Devido, com (in)certeza, à sua reprodução fácil e vivaz.
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