domingo, 20 de abril de 2014

Danadas daninhas 043

Anónimas ilimitadas (004)


Ó flores cujo nome desconheço,
prolongai esse fulgor humilde em cada dia
de que ainda disponho para ver as flores,

antes de as flores virem ter comigo.

A. M. Pires Cabral, Gaveta do Fundo (2013: 26).


«São pingos de chuva, sr., mas dos bravos» - disse-me a sr.ª a quem perguntei o nome desta danada daninha. «Mas olhe - acrescentou - que elas, começando a afilharar, inçam tudo, são uma praga.» Pelos vistos, é de circunscrição e domínio ilimitados. No Mato como em «Biana».

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