Ó flores cujo nome desconheço,
prolongai esse fulgor humilde em cada dia
de que ainda disponho para ver as flores,
antes de as flores virem ter comigo.
A. M. Pires Cabral, Gaveta do Fundo (2013: 26)
NB - Esta danada daninha fotografei-a, ontem, no Mato. Mas antes de a ter no jardim, "cacei-a", há nos, nas margens de um pequeno ribeiro (Cubos), que corre lá pela freguesia. Gosta, pelos vistos, de terrenos relativamente húmidos.
Já agora, como se chamará? Quem souber, agradeço a informação.
Não sei se serão "danadas daninhas", parecem-me prímulas, em fr. "primevères",que via com frequência nos bosques em França mas que já se vendem por cá.
ResponderEliminarMuito obrigado, Prof.ª Luísa. Com a sua dica das "prímulas" vou se chego ao verdadeiro nome desta danada daninha. E se não for a "prímula", que seja, ao menos, a prima.
EliminarNão poderias, David, com o teu apurado sentido estético, deixar de criar, com esta bela "danada danadinha", uma melhor composição, citando o poema de A. M. Pires Cabral. Contudo, saber ser-se flor e não desvendar seu nome, pode ser essa a sua essência. E dar-se a ver a quem a deseja olhar, o seu sublime acto.
ResponderEliminarMuito obrigado, Margarida, pela tua apreciação estético-filosófica. O «nome das coisas» como das flores, são convencionais. Pois esta, procurando no Google, a sugestão da Porf.ª Luísa, é, de facto uma das «prímulas». Cf. http://www.floreswiki.com/imagens-primulas-de-tons-brancos-jpg
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