Entre 03 e 10/04/2015, fiz «intervalo pascal». Andei, cá por dentro, a ver terras e locais pouco ou nada visitados. O dia 03 foi passado em Coimbra. Vários monumentos, lugares e paisagens vi, alguns com alguma preocupação, face ao estado de abandono e degradação que mostravam. Por exemplo, a famosa Sé Velha de Coimbra.
Duas notas / questões:
a) Por que razão se permite o estacionamento de viaturas automóveis junto de monumentos como este?...
b) Por que razão não limpam as paredes , nichos e estátuas que decoram partes exteriores do monumento?... Estão à espera que, por exemplo, o salgueiro (foto 5) cresça a ponto de, um dia, dar tábuas para um um banco ou cavacos para a lareira?...
Portugal em ruínas - uma obra que ainda não li (saiu nas edições da Fundação Francisco Manuel dos Santos) mas que deve revelar a radiografia dessa triste, quando não criminosa, realidade que atravessa o País: autênticas preciosidades arquitetónicas e históricas a exibir uma decrepitude e um ar de abandono de bradar aos céus e estilhaçar os espíritos mais sensíveis. Basta viajar um pouco cá dentro para que essa realidade, essa exibição de incúria e insensibilidade nos agrida a cada momento. Gosto do registo fotográfico do David, que levanta uma pontinha do iceberg.
ResponderEliminarMuito obrigado, Cláudio, pelo teu comentário. De facto, é como dizes. E dói (oh! se dói!) assistir a um triste espetáculo de um país de auto-destruir-se, a par de uma confrangedora indiferença geral. Haverá exceções?... Certamente que sim, mas o que me geral se vê é sobretudo degradação política, cultural, económica, etc., etc... Abraço.
EliminarCoimbra é a minha segunda cidade. Antes de vir para Braga estive lá 4 anos., no liceu e foi lá que comecei a formar a minha consciência cívica e política.
ResponderEliminarContinuo ligada à cidade onde vive a minha madrinha, minha segunda mãe. Tem na verdade muito património em estado degradado, o que é muita pena.
Obrigado, Gracinda, pelo teu comentário. De facto, em Coimbra, como noutras localidades, encontra-se muito património construído e natural muito maltratado, para não dizer completamente entregue à «bicharada». Dói - se dói! - ver-se o estado a que deixaram chegar certos monumentos!... Enfim. Aguardemos por melhores dias, a começar por um povo mais culto, mais esclarecido e mais civicamente interveniente. O património português, não sendo de ninguém, é de todos e cada um de nós.
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