domingo, 16 de novembro de 2014

Danadas daninhas 092

Anónimas ilimitadas (053)

Ó flores cujo nome desconheço,
prolongai esse fulgor humilde em cada dia
de que ainda disponho para ver as flores,

antes de as flores virem ter comigo.

A. M. Pires Cabral, Gaveta do Fundo (2013: 26)

NB1 - Clicando sobre cada imagem, ela amplia.

     Esta danada é uma das daninhas mais abundantes, na cidade de Viana do Castelo e arredores. Não a tenho encontrado para as bandas do interior. Parece gostar, por isso, dos ares e terrenos marítimos ou que lhe ficam próximos. Encontra-se em qualquer sítio, mesmo em vias empedradas: basta-lhes uma pequena fenda ou frincha para nascer, crescer e florir. Uma praga, certamente. Nesta altura do ano, já só se veem as plantas. Nascem e começam a desenvolver-se, em princípios de março. Ainda no mesmo mês começam a florir, processo que termina nos finais do verão. Mas que é uma linda danadinha, lá isso é. Desde logo, ainda em botão, como a seguir verá. Em posts posteriores, mostrarei sobretudo as flores (abertas, secas ou em vias disso) e / (n)as respetivas plantas.








[Continuará]

1 comentário:

  1. Que maravilha.David!. Continuará a ser um consolo para mim ver a sua arte fotográfica dedicada também ao sumptuoso enigma florescente das para já belas mas não ainda comestíveis,pelo menos por nós...,das suas "danadinhas", que foi uma enorme descoberta!

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